AVISO
O CLIENTE QUER CAPA PASSOU A ESTAR ALOJADO EM http://oclientequercapa.blogspot.pt/
Obrigado
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O CLIENTE QUER CAPA PASSOU A ESTAR ALOJADO EM http://oclientequercapa.blogspot.pt/
Obrigado
Sabe o que é uma ‘after sex selfie’? É isso mesmo! Uma ‘selfie’ (fotografia) depois do sexo. Pode ser uma foto tirada naquela altura em que já está a fumar o cigarro de descanso do herói ou daquele momento em que ainda está descabelado, enrolado nos lençóis. A criatividade não tem limite, como sabe. Todas estas ‘caretas’ são normais e bem conhecidas de todos nós, adultos e com uma vida sexual também ela normal. O que para mim não é normal é tornar público aquele que é um momento íntimo de partilha e cumplicidade. E é aqui, para mim, que reside o perigo. Sim, perigo! Não sou púdica, nem moralista e muito menos conservadora, mas acho que estamos a chegar a uma altura em que os utilizadores das redes sociais estão a passar os limites do razoável. Os defensores destas ‘novas’ selfies alegam que “quem se sente incomodado não vê”, mas a verdade é que assim não acontece. Mesmo quem se sente incomodado é quase que ‘obrigado’ a ver. Ninguém vai fechar os olhos naquele exacto momento em que está a correr os posts da sua time-line do facebook ou do instagram.
A tecnologia e inovação a que chegamos são fantásticas e à invenção das redes sociais eu grito ‘viva’. Contudo, penso que a linha que separa uma imagem de afecto de uma imagem despudorada pode ser ténue e arriscar-se a cair na vulgaridade e desafecto para quem é ‘obrigado’ a ver!
Como jornalista que fui, durante quinze anos, das coisas que mais me irritava era tirarem-me de uma redacção para ir fazer uma conferência de imprensa em que no final o conferencista não estava à disposição dos jornalistas para mais esclarecimentos. Deixava eu de trabalhar um qualquer tema para ir buscar um comunicado que podia ser enviado por mail ou fax. Uma conferência de imprensa sem perguntas no final dá a nítida sensação que quem a promove não está à-vontade. Não quer ser sujeito ao contraditório e apenas comunicar algo porque é uma «obrigação». É uma prática muito nossa, que geralmente deixa jornalistas estrangeiros boquiabertos. Geralmente, essa prática segue-se a conselho do gabinete de comunicação, que assim entende que o seu cliente está menos exposto. Mas para isso segue uma comunicação escrita, que poupa ao embaraço da leitura de um comunicado em frente a uma plateia que ficará desde logo sugerida negativamente pelo facto de não ter podido exercer a sua função na plenitude.
O boom do twitter já conheceu o seu epílogo. Há cerca de 974 milhões de contas registadas, mas apenas menos de metade dessas contas são activas. Cerca de 44% nunca foram utilizadas para enviar uma mensagem. De acordo com uma pesquisa do site de monitorização Twopcharts, cerca de 30% dos utilizadores fizeram-no apenas 10 vezes ou menos. As novas adesões escasseiam. O Facebook, diz quem sabe, dura para aí mais cinco anos. O Google+ é um falhanço. É o declínio das redes sociais?
Alguém consegue entender a imagem?
A publicidade é, talvez, a área onde a criatividade é cabalmente posta à prova. Uma das formas mais eficazes de atingir o consumidor é valorizar o produto vendável e, simultaneamente, denegrir ou fragilizar a imagem da concorrência. Em Portugal isso não é usual, mas em outras paragens, como os EUA, isso é prática comum, e a luta de dois gigantes como a Coca-Cola e a Pepsi é o exemplo mais flagrante disso. O humor é uma arma de linguagem publicitária que, usado correctamente, facilita o contacto com o consumidor e torna a imagem da marca mais consistente e guardada na memória do consumidor. E o humor feito na base da comparação resulta sempre. Deve a publicidade ter limites nesse campo? Enaltecer os méritos do produto em termos superlativos já não denigre por inerência a concorrência?