Até onde pode ir a publicidade?
A publicidade é, talvez, a área onde a criatividade é cabalmente posta à prova. Uma das formas mais eficazes de atingir o consumidor é valorizar o produto vendável e, simultaneamente, denegrir ou fragilizar a imagem da concorrência. Em Portugal isso não é usual, mas em outras paragens, como os EUA, isso é prática comum, e a luta de dois gigantes como a Coca-Cola e a Pepsi é o exemplo mais flagrante disso. O humor é uma arma de linguagem publicitária que, usado correctamente, facilita o contacto com o consumidor e torna a imagem da marca mais consistente e guardada na memória do consumidor. E o humor feito na base da comparação resulta sempre. Deve a publicidade ter limites nesse campo? Enaltecer os méritos do produto em termos superlativos já não denigre por inerência a concorrência?