Como jornalista que fui, durante quinze anos, das coisas que mais me irritava era tirarem-me de uma redacção para ir fazer uma conferência de imprensa em que no final o conferencista não estava à disposição dos jornalistas para mais esclarecimentos. Deixava eu de trabalhar um qualquer tema para ir buscar um comunicado que podia ser enviado por mail ou fax. Uma conferência de imprensa sem perguntas no final dá a nítida sensação que quem a promove não está à-vontade. Não quer ser sujeito ao contraditório e apenas comunicar algo porque é uma «obrigação». É uma prática muito nossa, que geralmente deixa jornalistas estrangeiros boquiabertos. Geralmente, essa prática segue-se a conselho do gabinete de comunicação, que assim entende que o seu cliente está menos exposto. Mas para isso segue uma comunicação escrita, que poupa ao embaraço da leitura de um comunicado em frente a uma plateia que ficará desde logo sugerida negativamente pelo facto de não ter podido exercer a sua função na plenitude.
O boom do twitter já conheceu o seu epílogo. Há cerca de 974 milhões de contas registadas, mas apenas menos de metade dessas contas são activas. Cerca de 44% nunca foram utilizadas para enviar uma mensagem. De acordo com uma pesquisa do site de monitorização Twopcharts, cerca de 30% dos utilizadores fizeram-no apenas 10 vezes ou menos. As novas adesões escasseiam. O Facebook, diz quem sabe, dura para aí mais cinco anos. O Google+ é um falhanço. É o declínio das redes sociais?
A publicidade é, talvez, a área onde a criatividade é cabalmente posta à prova. Uma das formas mais eficazes de atingir o consumidor é valorizar o produto vendável e, simultaneamente, denegrir ou fragilizar a imagem da concorrência. Em Portugal isso não é usual, mas em outras paragens, como os EUA, isso é prática comum, e a luta de dois gigantes como a Coca-Cola e a Pepsi é o exemplo mais flagrante disso. O humor é uma arma de linguagem publicitária que, usado correctamente, facilita o contacto com o consumidor e torna a imagem da marca mais consistente e guardada na memória do consumidor. E o humor feito na base da comparação resulta sempre. Deve a publicidade ter limites nesse campo? Enaltecer os méritos do produto em termos superlativos já não denigre por inerência a concorrência?
Ricardo Araújo Pereira é um bom exemplo de gestão de imagem. A ascensão meteórica dos Gato Fedorento no panorama humorístico português, muito alavancada pela genialidade de RAP, corria o risco de sofrer um rápido desgaste, e até de ser pulverizado pelo aparecimento de novos valores. RAP temporizou e diversificou as suas aparições pela rádio, programas de debate, publicidade, crónicas nos jornais, mas tudo na medida de certa, talvez à excepção da publicidade, que começa a criar algum enfado. O regresso à televisão nacional, pelas mãos da TVI, está marcado para a próxima segunda-feira, dia 14 de Abril. O humorista estreia o programa “Melhor do que Falecer”...que é reaparecer!
Em tempos de crise nas publicações impressas, louve-se a iniciativa da FNAC de lançar um projecto arrojado de uma revista trimestral da sua responsabilidade. O lançamento está agendado para quinta-feira, sendo que o primeiro número vai assinalar os 800 anos da língua portuguesa e os 40 anos do 25 de Abril. Valter Hugo Mãe colabora com este primeiro número.
publicado às 18:17 editado por Carla Mendonça às 18:49
David Letterman, de 66 anos, anunciou esta quinta-feira que se vai reformar em 2015, depois de 31 anos como apresentador.
O rosto do «The Late Show with David Letterman», da CBS, publicou um vídeo com a sua declaração no Twitter e as reações não se fizeram esperar, com os fãs a agradecerem ao apresentador por «30 anos incríveis».